19 de ago. de 2010

18 de ago. de 2010

bellini

um repost do alarcão
"Um retrato do Bellini, capitão da seleção de 1958. Tempo em que jogador de futebol era artista da bola e não guerreiro."

de fato O Bellini era de uma elegância e controle invejaveis a qualquer zagueiro da época. a famosa cena dele levantando a taça diz a lenda que veio do seguinte diálogo

bellini com a taça na mão: e aí o que que eu faço
anônimo: mostra para todo mundo

e ele mostrou

Royal Opera House




Trampo lindo da
SomeOne
Aqui no Brand New

Lois Sparkling Blanc de Blancs

Criados pela Public Creative os rótulos do vinho Lois Sparkling Blanc de Blancs são de uma delicadeza retrô e uma feminilidade que tiram o fôlego.




achei eles no the dieline

2 de mai. de 2010

SoLab

Faz tempo que não escrevo. Fui motivado pela mensagem de um amigo: "alimentar sua colagens", e lembrei que estava deixando este blog faminto! Ai vão dois vídeos de um link que ele me passou, o estúdio chama SoLab um grupo frances que manda uns clips [para músicas na sua maioria bacaninhas] bem legais, cada um assume um estética própria com bastante coisa nova.




E aquecendo para a Copa uma homenagem ao Carlitos mesmo. Abrazos y buena suerte!











23 de abr. de 2010

12 de abr. de 2010

Julio Cortázar

Ai vai um conto genial. O Julio Florencio Cortázar escreve as instruções para subir uma escada. Ultra-realismo também torna a realidade uma fantasia. Cortázar é um belga, argentino desde os 4 anos.

Instrucciones para subir una escalera


Nadie habrá dejado de observar que con frecuencia el suelo se pliega de manera tal que una parte sube en ángulo recto con el plano del suelo, y luego la parte siguiente se coloca paralela a este plano, para dar paso a una nueva perpendicular, conducta que se repite en espiral o en línea quebrada hasta alturas sumamente variables. Agachándose y poniendo la mano izquierda en una de las partes verticales, y la derecha en la horizontal correspondiente, se está en posesión momentánea de un peldaño o escalón. Cada uno de estos peldaños, formados como se ve por dos elementos, se situó un tanto más arriba y adelante que el anterior, principio que da sentido a la escalera, ya que cualquiera otra combinación producirá formas quizá más bellas o pintorescas, pero incapaces de trasladar de una planta baja a un primer piso.

Las escaleras se suben de frente, pues hacia atrás o de costado resultan particularmente incómodas. La actitud natural consiste en mantenerse de pie, los brazos colgando sin esfuerzo, la cabeza erguida aunque no tanto que los ojos dejen de ver los peldaños inmediatamente superiores al que se pisa, y respirando lenta y regularmente. Para subir una escalera se comienza por levantar esa parte del cuerpo situada a la derecha abajo, envuelta casi siempre en cuero o gamuza, y que salvo excepciones cabe exactamente en el escalón. Puesta en el primer peldaño dicha parte, que para abreviar llamaremos pie, se recoge la parte equivalente de la izquierda (también llamada pie, pero que no ha de confundirse con el pie antes citado), y llevándola a la altura del pie, se le hace seguir hasta colocarla en el segundo peldaño, con lo cual en éste descansará el pie, y en el primero descansará el pie. (Los primeros peldaños son siempre los más difíciles, hasta adquirir la coordinación necesaria. La coincidencia de nombre entre el pie y el pie hace difícil la explicación. Cuídese especialmente de no levantar al mismo tiempo el pie y el pie).

Llegando en esta forma al segundo peldaño, basta repetir alternadamente los movimientos hasta encontrarse con el final de la escalera. Se sale de ella fácilmente, con un ligero golpe de talón que la fija en su sitio, del que no se moverá hasta el momento del descenso.


Julio Cortázar

1 de abr. de 2010

4ª. outras colagens

E mais colagens:
Ai vão dois trabalhos refrescantes, daqueles que não conseguimos entender da onde surge a idéia, é nova, parece que parte da pura genialidade, sem referência.

O primeiro é um trabalho de Christian Marclay que chama "Body Mix", o trabalho se trata de criar montagens com encartes de LPs. Sem recortes, a mera sobreposição desses encartes amplia o universo contido em cada em deles, um zoom out que te mostra as coisas que acontecem para além dos seus 31cmX31cm. Christian Marclay é um compositor e artista yankee que atua nesse cruzamento entre música e imagens. Vale destacar o trabalho árduo de catalogação de encartes e ver alguns vídeos das suas composições, colagens de sons musicais em sincronia com imagens.





O segundo é o artista gráfico canadense Julien Vallée. Achei o trabalho dele brilhante. Primeiro porque consegue fundir o trabalho manual ao trabalho digital de uma forma que parece deliciosa, puro enjoy! Segundo porque parece que se dedica ao design gráfico apelando sempre a maquetes, ou esculturas, que são a ferramenta de trabalho para chegar em imagens, do 3D para o 2D. O trabalho dele com papel é de uma limpeza absoluta e o resultado bem bonito. Por último o vídeo dele, é uma colagem de situações que permite enxegar o método de trabalho dele, aquela coisa que faz enxergar um universo de desdobramentos.





31 de mar. de 2010

Kaye Donachie


Clouds are pushing in grey reluctance oil on canvas 41 x 29 cm - 16 1/8 x 11 3/8 inches 2009


I fear this hidden motion oil on canvas 50.8 x 71.1 cm 2007

26 de mar. de 2010

quickpost_02

Ai vai o resultado do trabalho de dois artistas dos quais não conheço nada: Blublu [site bem legal, illustrações piradas] + David Ellis [pixador] . Pixação mais stopmotion na ocupação de um edifício abandonado.



23 de mar. de 2010

3ª. homem no fio

Filmes:
Nessas semanas assisti dois filmes que me trouxerem á cabeça uma mesma questão, o argentino | espanhol "El secreto de tus ojos" [dir. Jua José Campanella] e o americano | inglês "Man on wire" [dir. James Marsh]. Associações imediatas: os dois ganharam um oscar, ou, os dois são uma co-produção colonizado+colonizador; mas isso não importa agora...

A questão que me tocou, e que acho o cerne dos dois filmes, foi a questão da paixão, do sonho, a perseguição sem-fim de uma idéia fixa, aquilo que domina vontade, a razão. É claro que o filme argentino ia encarar o assunto sobre a ótica da "paixão", que ao meu ver tem sempre um sofrimento inerente, e o americano sobre a ótica do "sonho", palavra mais triunfalista. A crise que ficou pegando vem da força com que os personagens nos dois filmes guiam suas ações, sem-fim, quando estão atrás daquilo: paixão ou sonho. Penso que a nossa geração tem uma dificuldade em estabeler, lutar, por uma idéia fixa; me questiono se isso é ruim.

Só para sair brainstorm denso: os dois filmes valem muito a pena. A intensidade com que os personagens do Secreto de tus OjOs se olham é um trabalho de camera x encenação fudido, intenso. A imagem de Philipe Petit voando entre as torres gêmeas é surreal, aquela coisa de flutuar sobre a realidade na sua expressão mais literal!


imagem do filme "Man on wire"


bela sequência do início do filme "El secreto de tus ojos"

17 de mar. de 2010

quickpost_01

Abaixo série do escritório Argentino de diseño gráfico Minga. "Minga"em espanhol é uma expressão difícil de descrever, seria tipo um "o caralho": qualdo alguem te pede "me dá um pedaço da sua goiaba" você responde "o caralho" ou "minga".





mais aqui


16 de mar. de 2010

2ª. descolagens

Colagens:
Ultimamente pensei bastante nas possibilidades contidas nas "colagens". Pensando na questão das livres associações, das imagens que as coisas criam na cabeça e sobre a leveza que se pode conseguir descolando os fatos da realidade.
Pensei que as colagens podem ser uma espécie de síntese dessas questões: tratam-se de recortes associados, recortes que nada tem a ver até que por algum motivo alguém confronta eles. São recortes da realidade descontextualizados, que fora do papel primeiro eles ganham um outro significado.

Alberto de Pedro e Ana Himes:
Os dois são artistas espanhóis, os dois se dedicam à fotografia e às colagens, e o pouco que conheci deles foi por pura coincidência. O lance de Alberto de Pedro é o suporte: a cidade, as colagens são feitas na rua; outdoors, mas que surgem a partir de recortes. Acho interessante pensar que ele atua sobre a realidade através de recortes que dela mesma, resultando em outros significados que a deslocam do seu lugar.


Gostei das coisas Ana Himes por sua delicadeza. A idéia das livres associações permitem um jogo de criação sem preconceitos executados com uma limpeza incrível. O resultado são coisas do universo das maravilhas.


Roberto Bolaño:
Só para quebrar a linearidade do post. Transcrevo um parágrafo de um conto de Roberto Bolaño, um chileno. Do livro "Llamadas telefónicas", o conto "Clara":

"[...]
De lo que sí me río es de su noche de bodas. El día antes lo habian operado de hemorroides, así que no fue muy lucida, supongo. O tal vez sí. Nunca le pregunté si pudo hacer el amor con su marido. Creo que lo hicieron antes de la operación. En fin, no importa, todos estos detalles me retratan más a mí que a ella.
[...]"
Roberto Bolaño

Pensei que é isso mesmo, a forma de se auto-retratar é mais direta quando você fala das outras coisas, do que quando você fala de você mesmo.


15 de mar. de 2010

Jme



Obra da Pearlfisher em conjunto com o rapaz Jamie Oliver